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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Imaginem...

... Uma noite fresca de Outono e um grupo de estudantes recém chegados a uma tal cidade que não costumava ser a sua casa. Uma das estudantes trazia consigo uma guitarra e começou a tocar uns acordes de uma música que lhes era familiar. E então todos começaram a cantar em coro «Nerver mind I'll find someone like you»*.
Bonito? Não, mais que isso.

*Someone Like You - Adele

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Das mudanças.

Ele conversa de forma agradável, alinha nas loucuras da praxe, abre a pista e ainda vai para o meio da roda de pessoas, dançando como se ninguém estivesse a ver. A essência está lá e permance, já as arestas vão sendo limadas a uma velocidade alucinante, deixando para trás o antigo e cumprimentando a novidade.
Mudar é bom e ele sabe disso. E desta vez ele está decidido a fazer diferente; algo maior e melhor do qual um dia se possa orgulhar e dizer que valeu a pena.

Por vezes...

... O problema não é o que nos dizem, mas a forma como o fazem. E o que magoa é saber quando as palavras são escolhidas a dedo, com o intuito de nos magoar.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Coisas que me dizem (17)

«Fogo, que coragem!»

Isso e uma dose de loucura também. E eu, sempre que preciso, tenho das duas na medida certa.

Da praxe

Duas doutoras comentavam a cor dos meus olhos; o doutor olhava-me de esguelha para confirmar que eu não me estava a rir; as caloiras aproveitavam a parte do reboliço para lançar piropos à minha passagem.

E eu que sempre fui anti-praxe... Começo a achar-lhes piada!

sábado, 24 de setembro de 2011

E assim...

«Eu queria que soubesses o que é a verdadeira coragem (...). É quando estás derrotado antes de começares, mas começas na mesma e vês o que se passa, aconteça o que acontecer.»

- Atticus Finch in Não Matem a Cotovia, de Harper Lee

... Não derrotado, mas com uma grande dose de coragem e alguma ansiedade que amanhã, tudo começa.  

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

É verdade...

A minha lamechice tem vindo a piorar com a idade.
Acho que estou a perder o medo de dizer às pessoas o quanto gosto delas.
E pensando bem... Ainda bem que assim é!
Hoje olhei para a vista sobre o verde da vila de Sintra, depois da estrada que dá para a biblioteca, e tentei captar a imagem em alta definição, para que a consiga ir buscar à gaveta onde guardo o remédio para a saudade, e possa contemplá-la, sempre que esta decidir aparecer. Guardei também a imagem da "casa pequena", por trás da rua farmácia, pela qual tantas vezes passei e só hoje lhe dei a devida importância. Mas mais importante ainda que guardar pormenores da localidade que conheço desde sempre, é guardar quem os torna tão especiais. É que são as pessoas e os momentos que com elas partilhamos que nos despertam bons sentimentos, que fazem toda a paisagem parecer ainda mais bela e cheia de sentido.
E eu vou ter saudades, mas hei-de voltar, sempre!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Hoje no posto médico...

... Fui atendido pelo substituto da minha médica de família, um doutor mais ou menos da minha idade, de pestanas longas, cabelo pente cinco, moreno de olhos castanhos, que transbordava simpatia. Um belo bife, como eu e a amiga dizemos.
Fossem todos os médicos assim e uma ida ao centro de saúde passaria, sem dúvida, a ser muito mais apetecível!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Dizem...

... Que não há amor como o primeiro.
Já eu defendo que não se ama duas vezes da mesma maneira.
E seguindo esta ordem de ideias, não há amor como o primeiro, nem como o segundo, nem como o terceiro...

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Mesmo eu sendo apressado, sei que «tudo tem um tempo certo para acontecer». E neste últimos tempos, porque eu tenho a mania de fazer balanços de quando em vez, tenho verificado cada vez mais a verdade desta expressão. É que há cinco anos atrás eu não teria coragem para mudar de cidade. Hoje tenho, para isso e muito mais.
Não sei o que me espera, mas gosto de pensar que será bom. Aliás, só pode ser bom.
Porque eu fiz para isso e mereço!

Casa dos Segredos

Eu não vi a primeira edição... Mas a Teresinha dá todo um outro encanto à coisa!

domingo, 18 de setembro de 2011

Coisas bonitas que me dizem:


E cá entre nós, acho que quando a saudade começar a bater com muita força eu venho por aí abaixo só para receber um abraço!

sábado, 17 de setembro de 2011

Neste exacto momento...

... Eu estou a rir que nem um desalmado, de mãos na cabeça a desgrenhar ainda mais o cabelo já de si despenteado e a pensar: «Oh meu Deus, Oh meu Deus!!!!!!!!»

Com o Mika...


... Até o Francês se torna num idioma bonito para ser cantado. Ai ai! lol

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Giro giro...

... É a minha mãe telefonar-me indignada depois de saber da tal notícia do rapaz do Porto cujo pai quis entregar às autoridades depois de o ter visto a entrar numa discoteca gay. É engraçado porque, enquanto eu me ri quando soube do sucedido - e não é por nada, mas eu tenho tendência para me rir do ridículo - ela revolta-se e diz-me que não percebe como é possível tal coisa acontecer nos dias que correm. A verdade é que eu também não percebo onde é que pessoas como este senhor vão buscar tanta estupidez...
Por estas e por outras é que eu sou a favor da terapia de choque, o que além de me dar um gozo enorme, ainda haveria de curar muito boa gente da sua tão intrínseca obtusidade.

Como disse uma vez o psicólogo Quintino Aires: «Se não aceitam os filhos, não prestam para ser pais.»

Do futebol

F - O Benfica empatou! Antes assim que perder!
T - Olha, já sabes mais que eu que não fazia a mínima ideia de que o Benfica jogava hoje.
F - Credo pá! Qual é o homem que não sabe que o Benfica jogava hoje com o Manchester?!
T - Este que está a falar contigo! Sabes bem que tenho mais em que pensar. Não existe espaço para o futebol na minha agenda!
(risos)
F - És um homem preenchido. Às vezes esqueço-me desse pequeno pormenor!

É perfeitamente normal eu não saber quem joga, quando joga, se perde, ganha ou empata. É daquelas coisinhas que me passam ao lado, que hei-de eu fazer?

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Para dar umas boas risadas



Ela descobre de maneira insólita que o filho é gay, e de forma igualmente insólita, decide ir à procura de um namorado simpático e com sentido de humor para o mesmo. Uma comédia que descomplexa os tabus em torno da homossexualidade que vale a pena ver, mais que não seja, pelas boas risadas que durante uma hora e pouco o filme nos porpociona.  

Do mar

É como eu te digo, não consigo passar muito tempo sem ver o mar. Seja qual for a estação do ano, até mesmo se estiver a chover durante semanas seguidas. Assim que bate aquela vontade eu agarro no carro e corro para a praia mais próxima. Ou para a mais longínqua, se por acaso estiver num desses raros dias em que gosto de conduzir.
Por isso eu gosto tanto do Verão. Os dias de sol e calor dão-me sempre bons pretextos para fazer meia dúzia de quilómetros, mais vezes, para meter os pés na areia e mandar-me à água, que apesar de fria por estes lados, me deixa sempre de alma lavada. É que nem te digo o efeito que este pequeno gesto tem em mim. É um acto terapêutico associado a uma sensação de liberdade que só quem percebe das pequenas coisas consegue entender do que falo.
Por isso, não importa por onde ande, me mude ou viaje, porque sempre que bater aquela vontade, eu hei-de correr até à praia mais próxima para meter os pés na areia, brincar na água feito menino e ali ficar, sentado um bom bocaco, a observar a beleza do rebentar das ondas.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Coisas que me dizem (16)

«És a amizade mais sincera que tenho e em quem confio! Dizes-me as coisas sem nunca me magoares. Fazes-me bem!»

E quem a conhece como eu conheço sabe, que para dizer coisas destas tem de gostar mesmo muito.

sábado, 10 de setembro de 2011

O livro que ando a ler...

«O que é a paixão? É, certamente, a transformação de uma pessoa... Na paixão, o corpo e o espírito procuram expressão... Quanto mais extrema e mais expressa for essa paixão, mais insuportável parece ser a vida sem ela. Faz-nos lembrar que, se a paixão morrer ou se nos for negada, ficaremos parcialmente mortos e, em breve, venha o que vier, morreremos por completo.»    
JOHN BOORMAN, Realizador de cinema.

... Tem citações a iniciar as duas partes em que está dividido. E, tendo em conta a história, esta não podia acentar melhor. 
E dá, igualmente, em que pensar...

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Por cá...

... Eu vou fazendo o que me compete - esperar - enquanto o dia não chega. Eu sei que seja qual for o resultado, é uma mudança que me espera.
E eu preciso disso.

Por volta das oito da noite...

... Enquanto eu ando pela casa a catarolar e a dançar ao som da música que eu faço questão de partilhar com os vizinhos, o meu cão anda atrás de mim, com aquele olhar de bezerro desmado que faz sempre que quer ir à rua. E eu nunca lhe ligo nenhuma pensando "só mais uma música e já vou". Hoje correu mal e dei, acidentalmente, um pontapé no sofá.
É... Eu tenho de me deixar destas coisas! (ou então não)

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Eu gosto de armários...

... Para guardar roupa dentro, não pessoas.
E não me venham com conversas de tempo e complicação. Se se tem idade para umas coisas, tem-se para outras.
E homem pela metade é sinónimo de puto.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Desde que aterrei em Portugal...

... é um berbicacho a seguir ao outro. E o que é que eu faço no meio disto tudo? Riu-me.
Diz quem sabe que rir é o melhor remédio para tudo e que uma boa gargalhada é mais eficaz que uma injecção de botox... E como mais vale prevenir que remediar, eu vou soltando uma gargalhada sempre que posso.

domingo, 4 de setembro de 2011

Para ir escrevendo...

- Pára de esfregar, que por esse andar não há hidratante que te tire os golpes das mãos! - disse-lhe.
- Deixa-me estar! Não vez que ainda não está limpo?
- Como queiras! - E saí da cozinha.
Tem sido assim desde aquele dia... Ele não fala no assunto e faz de conta que está tudo bem, e eu quase acredito... mas nunca demora muito até que volte a vê-lo perdido dentro de si mesmo, enquanto em modo automático vai puxando o lustre a tudo onde toca.
Na semana passada limpou portas e armários, pondo-lhes tanto óleo de cedro que os espelhos cá de casa quase deixaram de ter utilidade; na semana anterior conseguiu arranjar roupa suficiente para encher quatro máquinas de lavar; hoje, depois de fazer uma revolução no nosso roupeiro, foi para a cozinha, fez o almoço e agora está de volta da fritadeira, que de tanto ser esfregada não tarda a ficar sem cor.
Já pensei em amarrá-lo à cabeceira da cama e dar-lhe tanto que fazer que o deixasse exausto durante um ou dois dias. Talvez assim ele fosse capaz de falar e livar-se da ansiedade que não o deixa parar quieto. O problema é que como a coisa anda, é bem capaz de me sair o tiro pela colatra, ficar eu K.O. e ele continuar a limpar como se não houvesse amanhã cada canto da nossa casa.

Tinha acabado de entrar na sala quando ouvi algo a partir na cozinha. Corri até lá para ver o que se passava e ao entrar ele olha-me com um sorriso envergonhado:
- Acho que temos de comprar mais copos para repôr o stock cá de casa.
- Lá se foi mais um... Andas demais ultimamente! - disse-lhe em tom de troça.
- Escorregou-me das mãos... - e baixou o olhar.
Então dei-me conta que já não estavamos a falar do copo que se tinha acabado de partir.
- Anda cá! - Abracei-o e ele correspondeu, apertando-me gentilmente e deixando descançar o queixo sobre o meu ombro. Ambos sabiamos que ele era cuidadoso, e só esta semana já era o quarto.

Do casamento.

Antes de ver esta cena na novela da tarde...
... Eu já me tinha lembrado de fazer algo do género, um dia... mas com uma música diferente. Mas isto sou eu, em jeito de loucura. lol  

Quem me conhece sabe...

... Que isso de desistir eu deixo para os outros. Que sou persistente e tento sempre só mais uma vez, nem que seja por descargo de consciência. Eu sou mesmo assim, em todos os sentidos e depois de três tentativas falhadas, foi à quarta que a coisa me saíu bem.
E ainda dizem que à terceira é de vez...
Pensando bem, talvez seja um sinal. (E isto sou eu em jeito de loucura, a acreditar com muita força) 

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Há meses que ela queria ver o filme:

Antes:
«Toda a gente gosta! Dizem que é muito bom e dá para chorar e tudo!»

Depois:
«O filme é uma grande seca!»

lol

A mensagem é bonita de facto, mas o filme... não sendo mau, já vi melhores.
Trailer aqui.

Escolhas.

Ter problemas na vida é inevitável.
Cedo ou tarde eles chegam para nos dar um abanico e obrigar-nos a pensar depressa numa solução. A parte boa é que além de se aprender qualquer coisinha, ainda se ganha imunidade, bastante útil para situações futuras. Mas deixar-nos abater por eles é uma escolha. E aqui por estes lados eu não deixo ninguém ser vencido por obstáculos, porque se um dia eu consegui superá-los e sair por cima, não há razão para que os outros não consigam fazer o mesmo. Afinal, força para isso todos temos!

Coisas que me dizem (15):

«Óh T., tu és um livro cheio de adjectivos e verbos! Há aí umas palavras que dizes que não as apanho bem!»

A minha veia de escritor... e está tudo dito!

Em jeito de desabafo...

- Olha, sabes uma coisa? Os homens são uma merda!
- Novidades não tens? Essa já sabia!

Adoro saídas destas! lol

De hoje... (XXXI)

... Ficam as três horas de boa conversa, no café lá de baixo com vista para a estação, com muitos risos à mistura. Com pessoas assim, até os dias cinzentos de Verão ganham cores alegres!