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domingo, 23 de setembro de 2012

Efémero é, efémero foi.

Recordar momentos felizes? O engano está aí mesmo. Não se recorda o efémero, pelo contrário: arruma-mo-lo numa gaveta trancada a sete chaves. 
Recordar o efémero é trazer para o presente a ilusão de um passado de partilha e cumplicidade, de sorrisos que a certa altura pareceram cimentar algo que afinal nunca existiu. 
De todos os crimes, cometi o mais grave: permanecer fiel a mim mesmo. 

3 comentários:

  1. Apesar de ser um engano sabe, por vezes, tão bem recordar!
    Já tinha saudades de ler coisas novas no teu blog :)

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  2. O efémero não se guarda, arruma ou arquiva. Vive-se. Efémero é, nunca foi.

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  3. Vítor, não percebeste o que quis dizer com o título. ;)

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