Esta é uma questão complicada. Se por um lado eu não dou muita importância à beleza exterior das outras pessoas e procuro conhecer o que está por dentro, por outro sou demasiado exigente comigo mesmo.
Já longe vai o tempo em que eu me achava um patinho feio, assim como os traumas causados por pessoas de reduzida capacidade mental, que faziam questão de dar ênfase ao que o espelho que mostrava todos os dias.
Com o passar da adolescência, a coisa foi ganhando forma e eu fui-me habituando e gostando de todas as mudanças físicas que foram ocorrendo.
A parte chata é que a beleza vicia, e uma vez alcançada entra-se em parafuso se ela começa a escapulir-se.
Como é óbvio, eu estou a fazer uma tempestade num copo de água, mas se ter um expansor a alargar-me o palato já é coisa suficiente para me aborrecer, acordar de manhã e sentir que um dos lados está a soltar-se deixa-me bastante chateado e com vontade de torcer o pescoço à minha dentista que me obriga a sujeitar a estas coisas.
Definitivamente, quem definiu o conceito de beleza tinha os gostos torcidos!
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