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quinta-feira, 10 de março de 2011

À tua espera.

Hoje vou aparar a barba para que fique como gostas.
Lá fora já anoiteceu e o frio começa a fazer-se sentir, mas cá dentro a temperatura sobe à medida que a banheira se vai enchendo de água que ferve, à tua espera.
Pela casa apenas há a luz das velas aromáticas, por toda a extensão do hall de entrada, indicando-te em que direcção deves ir para me encontrares. 
A banheira já está cheia e as velas iluminam o espelho agora embaciado. Vou entrar e esperar por ti. Sei que estás quase a chegar...
Oiço a porta a abrir-se e então chamas por mim. Na voz consigo identificar-te o tom da surpresa, de quem não sabe muito bem o que se está a passar, mas que anseia por descobrir.
Em pensamento repito o teu nome, que tanto gosto, mas apenas consigo dizer-te para vires ao meu encontro, não vá a voz denunciar a rapidez a que agora bate o meu coração.
A porta abre-se e tu entras. No olhar vejo-te a chama do desejo a arder que nem louca, enquanto tiras a roupa lentamente, fixando-me, sem dizer nada.
Entras, experimentanto a temperatura da àgua, sentas-te em frente a mim e quebras o silêncio:
- Boa noite meu amor! - Exclamas com esse teu sorriso, o mais belo que alguma vez vi.


[Continua...]

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