Andar perdido é normal. Qualquer um se baralha quando a determinado ponto é confrontado com várias saídas, sendo que cada uma delas representa uma escolha decísiva. E por vezes ter de escolher não é fácil.
O mais engraçado no meio disto tudo é que esperamos anos a fio, os primeiros e talvez os mais marcantes também, para conseguir alcançar o tal poder de decisão, para ter a tal independência...
E como tudo na vida a teoria é sempre muito aliciante, no entanto no momento de passar à prática, as pernas tremem, o coração acelera e perguntamo-nos onde raio se enfiou o oxigénio porque a respiração se torna tão ofegante que é lógico pensar que este está em défice.
Crescer tem destas coisas... e eu vou crescendo a olhos vistos. Não em altura, em tamanho. Como já dizia Fernando Pessoa, que tanto trabalho me deu há uns anos, «eu sou do tamanho que vejo, não do tamanho da minha altura», e qualquer um pode ser grande, no verdadeiro sentido da coisa!
Se há pouco mais de ano e meio me contassem como iría estar hoje, eu ria-me na cara do índividuo porque nem eu que sou de extremos e a favor de mudanças radicais seria capaz de conceber uma realidade igual à que vivo hoje. Mas aconteceu. Tive de fazer escolhas, dar ouvidos à loucura e arriscar o impensável para mudar. A coragem...? Continuo a achar que não a tenho, mas facto é que a tive.
Hoje resta-me agradecer ao universo por ter conspirado a meu favor e peço que o continue a fazer e que me ajude a saber encontrar a tal coragem sempre que as pernas me tremerem, o coração acelere e o ar escaceie.
Afinal mudar leva o seu tempo, dá trabalho, mas fica bem feito! E eu nunca estive tão bem como agora!
Escrito dia 13/9/2010, 21:05.