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sexta-feira, 24 de junho de 2011

Hoje, no supermercado:

Eu conheço muita gente, mas são ainda mais as pessoas que me conhecem e das quais eu não me lembro.
Estava eu na caixa para pagar, quando um ser alto, belo e de pele bronzeada se aproxima. Eu olho para ele, ele olha para mim, estende a mão, cumprimenta-me sorrindo, e continua. Eu, mesmo não sabendo quem era, correspondi, obviamente!
Fiquei a meditar no assunto. Afinal quem seria aquele pedaço de mau caminho que me conhecia?

Quando saí, lá estava ele. Eu não vou de modos e pergunto:
- Olha, desculpa, mas de onde é que me conheces?
- Do jantar da C., que fomos... - Responde.
Eu precisei recorrer ao meu arquivo morto para me lembrar das pessoas que estiveram no tal jantar:
- Ah! Já me lembro!
- Como olhaste para mim, pensei que me tivesses reconhecido e falei-te. 
 (Eu olhei para ti porque és todo bom! - pensei) - Ah... pois... mas não.

E, meia dúzia de perguntas e respostas depois, lá deixei o rapaz onde o encontrei.

Observações:
É normal que eu não me lembrasse dele, visto que passei o jantar todo a rir que nem um perdido, enquanto tentava comer o que tinha no prato.
Pelo mesmo motivo, também é normal que ele se lembrasse de mim. Porque se eu já desperto a curiosidade das pessoas quando estou quieto, a rir que nem um desalmado é impossível não reparar em mim.

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